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Toxicidade [1][2]

O Brodifacoum é extremamente tóxico para mamíferos e aves, quer por consumo direto, quer por intoxicação secundária. O sistema alvo é o sistema hematológico com comprometimento da coagulação sendo a via oral a mais comum.

A epóxido redutase da vitamina K1 é uma enzima polimórfica, o que explica as diferentes sensibilidades aos vários agentes “tipo” Varfarina.

Os principais riscos estão associados a problemas gastrointestinais fatais e hemorragias intracerebrais.

O prognóstico é mau em casos de hemorragia intracerebral ou interna e em pacientes com doenças hematológicas já establecidas ou insuficiência renal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Efeitos clínicos [2]

Após ingestão acidental deste anticoagulante de 2ª geração, a maioria das pessoas continua assintomáticas. Se a quantidade administrada for substancial, os sinais clínicos de coagulopatia surgem de 24 a 72 horas após o esgotamento dos fatores de coagulação previamente formados. Uma vez que as proteínas pré-formadas possuem menor tempo de semi-vida que os fatores pró-coagulantes II, VII, IX, e X, é possível observar na fase imediatamente a seguir à exposição, o aparecimento de microtrombos e necrose de alguns tecidos.

 

Os sinais podem ir desde uma leve tendência a sangrar a hemoptise, epistáxis, equimoses, melena, hematúria, hematomas, e nos casos menos graves coagulopatias graves. Estes efeitos podem levar a uma deficiência hemolítica severa e consequentemente à morte.

 

A hemorragia interna e externa são as manifestações mais comuns numa intoxicação aguda por Brodifacoum, seguindo-se a taquicardia, hipotensão e falha de múltiplos órgãos devido à elevada perda de sangue e insuficiente reperfusão e oxigenação.

 

Grande parte dos relatos são em crianças com menos de 6 anos devido à ingestão acidental ou não intencional. A ingestão suicida intencional transmite um grande risco e estes doentes devem ser encaminhados para uma unidade de saúde para exame e tratamento se necessário. Já nos adultos a exposição não intencional ocorre muitas vezes através da ingestão oculta de Bradifacoum.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

Tabela 3: Valores de Toxicidade para diferentes organismos. Adaptada de [2]

Trabalho realizado no âmbito da Unidade Curricular de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2013/2014 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião doLaboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

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